Se
achegue minha gente
Pois
o dia já nasceu
É
o luzir do sol que avisa
Que
a velha noite morreu
Vai-se
a tristeza "simbora"
Fica
a alegria mais eu
2
Eu
quem nem sou de valor
Não
valho mais que um tostão
Sou
feito pombo de praça
Comendo
resto de pão
Trazendo
minhas histórias
Penduradas
num cordão
3
Cordão
mesmo criançada
Que
arrasto na cacunda
Tenho
uma cabeça rasa
E
uma barriguinha funda
Trabalho
sempre de pé
Pois
sentado amassa a bunda
4
Eu
sou mesmo é cantador
E
nesse meu mundaréu
Nunca
que vendi verdura
Raiz,
xarope ou chapéu
Nunca
vendi roupa velha
Colar
brinco broche anel
5
Juro
por meu Deus do céu
Nunca
vendi amuleto
Figa,
cruz ou escapulário
Pecado
assim não cometo
Vendo
só os meus versinhos
Rimados
nesse folheto
6
Poesia
de livreto
Que
em certa ocasião
Foi
chamado de cordel
Que
é o mesmo que cordão
Que
o poeta faz varal
Pra
não por folha no chão
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